A Anglo American Brasil, dando continuidade às ações apontadas em seu Plano de Envolvimento com a Comunidade (PEC), promoveu em 22 de março um encontro como para tratar do tema Plantio e Cultivo de Eucaliptos. A temática surgiu durante entrevistas realizadas em 2005 nas comunidades de Catalão (GO) e Ouvidor (GO), ocasião em que foram apresentadas levantamentos de diversas dúvidas sobre o plantio. Os grupos envolvidos - comunidades e Anglo American - viram na realização desta palestra o modo eficaz de retornar às comunidades os questionamentos.
Cerca de 60 pessoas acompanharam a apresentação,
proferida pelo professor titular do Departamento de Solos da
Universidade Federal de Viçosa, Roberto Ferreira de Novais.
Engenheiro Agrônomo e Ph.D em Ciências do Solo pela
Universidade da Carolina do Norte (EUA), Novais argumentou sobre os
“mitos” do plantio de eucaliptos e exemplificou sobre
cada um deles.
Para as empresas do grupo, o fato de alguns parceiros de plantio
estar presente neste evento, ratificou a importância desta
ação sócio-ambiental e da seriedade com que
atuam também na área de reflorestamento.
Na Copebrás a atividade de reflorestamento vem sendo
desenvolvida há mais de 25 anos. Atualmente, há 3.000
hectares plantados (1.400 em terras próprias e 1.600
hectares em arrendadas – um total equivalente a 65% da
necessidade de consumo da empresa); 17 parceiros foram fortalecidos
nos últimos 10 anos, como uma demonstração
clara de atuação sócio-ambiental.
Para Luis Tavares, que arrenda suas terras há três
anos para plantio em seus 60 hectares, não há do que
reclamar. “É um retorno certo, benefício
garantido. Depois do arrendamento, tudo fica por conta da empresa
que implanta, dá manutenção e se
responsabiliza pelo corte”, destaca.
O primeiro corte acontece entre o sexto ou sétimo ano do
plantio. Fruto da parceria, o eucalipto é transformado em
“cavaco” e utilizado para secagem no processo de
produção dos fertilizantes, de modo geral.
Novais menciona que há, inclusive, casos de aumento do
IDH pela rentabilidade que o plantio do eucalipto proporciona, como
é o caso nas cidades do norte de Minas Gerais e Vale do
Jequitinhonha. “O aumento da qualidade de vida pelo plantio
de eucaliptos dá-se por meio da utilização de
técnicas recomendáveis no tratamento do solo,
fertilização, espaçamento e respeito a este
cultivo como em qualquer outra cultura, a fim de obter
lucratividade”, comenta o professor. “A árvore
em si é útil para o meio ambiente, para a comunidade
em geral, como por exemplo, por meio do papel e celulose”,
conclui.
Para Novais, “o vilão” do uso das
águas e do solo irrestritamente é o próprio
homem, quando não respeita os limites de sua
subsistência.