.
Nossos 50 anos
Saiba Mais
Nossa abordagem
Ler Mais
Nossos negócios
Ler Mais
Barragem
Ler Mais
Press release
Ler Mais
Comunidades sustentáveis
Ler Mais
Pessoas e Carreiras
Ler Mais
Fornecedores
Ler Mais
Cadastre seu currículo
skip to main content

Reserva de Jacaré é objeto de estudo da Anglo American (Niquel)

07 março, 2008

Empresa avalia novo projeto que contribuirá em sua expansão no mercado de níquel

Após anunciar o maior investimento em níquel no País, em dezembro de 2006, o grupo Anglo American passa a intensificar seus estudos em uma nova reserva de mineral de níquel laterítico e saprolítico. O depósito de níquel do Jacaré está localizado a 60 km a norte da cidade de São Félix do Xingu, região do Carajás, estado do Pará. Caso a operação seja viável economicamente e aprovada pela matriz da companhia, o novo projeto exigirá investimentos maiores do que o de Barro Alto que já chega a US$ 1,5 bilhão.

Os estudos de “Jacaré” indicam um potencial jazida de níquel, que poderá ser considerada classe mundial para implantação de um projeto cuja produção possivelmente será igual ou superior a de Barro Alto. “Os estudos concentram-se em fase de definição do tamanho da jazida e devem ser concluídos em meados de 2008. Caso todas as etapas sejam aprovadas e corram normalmente, este projeto deverá ser o próximo em nossa carteira, logo após o início da operação de Barro Alto, por volta de abril de 2010”, explica Walter De Simoni, presidente da Anglo American Brasil.

Até o momento, a empresa já perfurou cerca de 42 mil metros distribuídos em 1850 furos a fim de dimensionar o potencial de metal contido. “Também já realizamos a topografia e levantamentos geofísicos – ambos aéreos e terrestres – além de aberturas de acessos para a sondagem e mapeamentos geológicos”, explica Romero Queiroz, gerente de Geologia e Exploração da Anglo American Brasil. Vale ressaltar que, em 2006, o Projeto Jacaré recebeu o certificado da ISO 14001 e OSHAS 18000 e em janeiro de 2008, após recente auditoria da SGS, as certificações foram mantidas. A avaliação compreendeu os trabalhos de pesquisas geológicas e as instalações do acampamento do projeto.

Em termos de produção, a jazida de Jacaré permitirá a lavra de três tipos de minério de níquel. O minério saprolítico, que tem características físicas e químicas similares as dos minérios de Barro Alto, Codemin e Loma de Níquel – depósitos atuais da Anglo American, cujo minério é utilizado para a produção de ferroníquel pelo processo pirometalúrgico clássico RKEF – Rotary Kiln Eletric Furnace. No caso do minério laterítico, o mesmo se subdivide em duas categorias: Minério laterítico silicoso e ferruginoso. Os minérios lateríticos desse depósito têm características físicas e químicas similares a outros depósitos mundiais, tais como Cuba e Nova Caledônia e poderão ser beneficiados pelo processo de hidrometalurgia .

“As reservas minerais de Jacaré estão em fase de avaliação e preliminarmente apresentam potencial para suportar uma usina de pirometalurgia e outra de hidrometalurgia”, completa Romero. Atualmente, 110 pessoas estão envolvidas no projeto que deverá ter seu estudo de pré-viabilidade finalizado em 2009. No entanto, a companhia já mantém uma saudável relação com a comunidade de São Félix do Xingu, explicando aos líderes locais - por meio de reuniões - como serão desenvolvidos os trabalhos no projeto.

Entre as ações já implementadas em benefício da comunidade estão a recuperação de 23 km de acessos e 5 pontes de madeira e doação de 10 novos computadores e seis impressoras para a escola Municipal Maria Madalena.

Mercado de Níquel

Com o cenário atual no setor de metais básicos, o Brasil tem se tornado destaque na escolha de projetos aprovados pela Anglo American plc. Especialmente no setor de níquel, que ainda apresenta bons preços

De acordo com Paulo Castellari, diretor Comercial e de Desenvolvimento de Negócios da Anglo American Brasil, o mercado de níquel ainda pode gerar dois ou três ciclos de projetos para o setor no Brasil. De acordo com estudos geológicos publicados pelo Mining Journal, o País tem potencial para cerca de 17 milhões de toneladas de níquel contido nos recursos minerais, volume comparável aos de países como Rússia e Austrália.

“Hoje, a participação da Anglo American no Brasil é de 25% da produção de níquel. Com o crescimento da produção de níquel no País, daqui a cinco anos, nossa expectativa é aumentar para 30% de participação de mercado, sendo que a previsão é atingirmos a liderança brasileira com 45% até 2018”, afirma Paulo.
 
Cerca de 65% a 70% da produção de níquel é hoje empregada para a fabricação de aço inoxidável, sendo o restante utilizado para a confecção de baterias, catalisadores e outras ligas. Existem diversas formulações para o aço inoxidável (todas com alguma combinação de Ferro, Níquel, Cromo, Molibdênio e outras ligas), que podem ser organizadas em dois grandes grupos: os aços inoxidáveis Austeníticos (Série 3), com cerca de 8% de níquel contido, e os aços inoxidáveis Ferríticos (Série 2), com aproximadamente de 1% a 3% de níquel contido.

De acordo com Paulo Castellari, o mercado de níquel sofreu muitas alterações nos últimos quatro anos, sendo que, a partir de 2000, se tornou mais evidente o aumento de investimentos na produção de commodities incluindo o próprio níquel. Nos últimos três anos, este mercado teve um déficit de 30 a 40 mil toneladas e o valor do níquel subiu até atingir o valor de US$ 50 mil/tonelada. “É o maior valor histórico – em termos nominais e do preço do níquel nos últimos 50 anos. Há alguns meses, o valor da tonelada do níquel baixou para uma faixa de US$ 25 mil e, mais recentemente, chegou a cerca de US$ 30 mil. Mesmo assim, este é um valor em que é possível operar e desenvolver novos projetos”, explica o diretor.

O níquel, que sempre teve uma grande participação nos custos do aço inox - historicamente de 27% a 30% dos custos totais diretos - passou a ter um peso ainda maior com o aumento do preço da commodity nos mercados internacionais, o que levou muitos produtores a buscarem formulações de aço inox com menor teor de níquel. “Nosso grande desafio é a intensidade do uso, ou seja, o quanto de níquel vem sendo utilizado em aço inox, que vem caindo”, afirma Castellari. “Existem aplicações que exigem certas formulações, que contêm maiores teores de níquel, e esta fatia de mercado, que pode chegar a cerca de 50%, não pode ser facilmente substituída por outras matérias-primas”, completa.
 
Mesmo com o movimento de ajuste de preços, o setor é bastante atrativo – daí os novos investimentos neste mercado. “Deve-se sempre avaliar as forças ‘físicas’ – oferta e demanda – e as forças ‘financeiras’ – o mercado de commodities ganhou atenção nos últimos anos e, conseqüentemente, interesse por investidores ao redor do mundo. Olhando as forças ‘físicas’, o mercado ainda é muito promissor. Muitos peritos do segmento ainda acreditam em um ‘super ciclo’”, afirma Castellari.

Futuro do Mercado Mundial de Níquel

O crescimento anual médio do mercado mundial de níquel é de 4% a 6% e deve-se entender as formulações que serão consumidas e enxergar um mercado com muito potencial. De acordo com a Anglo American, ainda existe bastante espaço para crescimento de demanda, uma vez que o consumo per capita de níquel por ano em países desenvolvidos ainda é muito superior àquele observado nas economias emergentes. “Na Europa, o consumo de aço inox per capita por ano é de cerca de 13-15 kg; no Brasil, é de 1,5 kg; na China, atinge de 4,5 kg a 5 kg e na Índia, também é de 1,5 kg. Tudo nos leva a crer que países como China e Índia cheguem à marca de 10-12 kg per capita por ano, em médio prazo”, completa Castellari.

“A Anglo American vem desenvolvendo uma carteira de ativos de níquel há mais de dez anos. Hoje, a empresa está bem posicionada com ativos de classe mundial (alto volume e baixo custo de operação), que levarão o grupo a uma posição privilegiada no mercado”, afirma o executivo. “As tecnologias de produção – que para o níquel podem significar grandes barreiras de crescimento – a serem utilizadas nos projetos da Anglo American são conhecidas e testadas. Isso coloca a empresa numa posição estratégica forte”, completa.

Os maiores produtores mundiais de níquel hoje e em 2018

 

 Rússia 

 Austrália 

 Canadá 

 Brasil

 2007 – participação no mercado mundial 

17%

19%

18%

3%

 2018 – participação no mercado mundial 

12%

14%

9%

11%