Plano de otimização de ativos aumenta competitividade da companhia
Em agosto, a planta industrial da companhia em Niquelândia, Codemin, comemora três décadas de operação na Unidade de Negócio Níquel da Anglo American no Brasil. A implantação de Codemin estimulou o desenvolvimento local, ao mesmo tempo em que colocou a Anglo American em posição estratégica no que diz respeito à produção de níquel contido em ferroníquel no País.
O sucesso da planta deve-se, em grande parte, à cultura de melhoria contínua da empresa e ao plano de otimização de ativos, que prevê uma gama de ações em diferentes áreas para aprimorar a competitividade da companhia. Diversos projetos geram melhorias, seja no aumento da produção, redução de uso de recursos naturais ou aproveitamento de resíduos. Alguns dos melhores exemplos são os projetos Codemin II e III, além da otimização dos recursos minerais de Codemin e Barro Alto, que permitiram a utilização da sinergia existente entre as plantas em Barro Alto e Niquelândia para aumentar a vida útil e melhorar os processos das duas operações. Após os projetos de Otimização de Ativos na operação Codemin, houve um aumento de 5% na produção em 2011.
Hoje, Codemin conta com 475 empregados diretos, sendo 84% dos postos de trabalho ocupados por empregados provenientes da comunidade local, e é conhecida como “escola de ferroníquel”. Além da capacitação de funcionários recém-chegados à companhia, nesta unidade são testados novos processos e tecnologias, tanto para otimização de procedimentos quanto para preservação dos recursos naturais. As experiências de sucesso estabelecidas na planta são compartilhadas com a unidade em Barro Alto, também no interior do estado, e em Loma de Níquel, na Venezuela.
A dedicação da equipe e as melhorias implantadas durante as três décadas de operação também aumentaram a produção e a representatividade da planta industrial de Niquelândia para a Anglo American. Nesse período, foi possível aumentar em 50% a capacidade de fusão sem a substituição dos equipamentos principais.
Histórico
Com investimento de US$ 100 milhões, a unidade Codemin começou a ser construída em 1979. O projeto contou com apoio dos governos federal, estadual e municipal, de organismos internacionais, organizações não-governamentais e da comunidade de Niquelândia. Em agosto de 1982 foi produzido o primeiro metal na linha 1. A segunda linha de produção entrou em funcionamento em maio do ano seguinte. O projeto Niquelândia figurou, na época de sua implementação, como um dos maiores empreendimentos de Goiás, criando empregos e anunciando maior desenvolvimento e geração de renda para o município, o estado e o País.
Ainda no início dos anos 1980, nos primeiros anos de Codemin, a construção de uma planta industrial para processar o minério que dá nome à cidade atraiu uma série de melhorias para a região. Foi necessária a construção de pontes, estradas e uma linha de transmissão de energia elétrica de Brasília até Niquelândia, cerca de 230 km, e, de lá, até a Codemin, em uma distância de 45 quilômetros.
A questão de mão de obra técnica também foi um grande desafio. “A região não contava com engenheiros e profissionais de nível superior. Niquelândia era uma cidade com cerca de 20 mil habitantes na época, com um nível de educação básico. A Anglo American precisou fazer um forte investimento nessa questão e, para suprir a mão de obra, foi buscar grande parte de seus profissionais em Minas Gerais”, relata Divair Ribeiro de Souza, nascido em Niquelândia, empregado da Anglo American há 24 anos e autor do livro “História da Codemin”.
Foi nessa época que a empresa preparou uma estrutura de apoio para os empregados. Foram construídos um conjunto habitacional com 418 casas, escolas para os filhos dos empregados e pontos de apoio comunitário. Além disso, foram feitos fortes investimentos na infraestrutura do município e em projetos socioambientais que colaboraram para o desenvolvimento sustentável da comunidade, como Atleta do Futuro, Sinfonia do Cerrado, PAES, Biblioteca Cora Coralina, Xuá de Três e Casa do Artesão.
História da cidade de Niquelândia
Antes de ser batizada como Niquelândia, durante mais de dois séculos a cidade, fundada em 1735, chamou-se São José do Tocantins. Somente no início do século passado o geólogo alemão Helmuth Brockes conseguiu comprovar a existência de níquel na região. A descoberta fez com que a vila crescesse em população e riqueza. Em homenagem ao minério, São José do Tocantins passou a se chamar Niquelândia em 1943.
O início da operação de níquel no Brasil Codemin não foi a primeira planta de produção de ferroníquel da Anglo American no Brasil. Antes dela houve Morro do Níquel, no sul de Minas Gerais, onde a Anglo American encerrou as operações em 1998, que foi responsável pelo desenvolvimento do processo de produção de ferroníquel no país e da formação de parte do quadro técnico especializado da companhia.