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Mais de 500 mil mudas nativas serão produzidas na região do Projeto Minas-Rio até o final de 2014

04 junho, 2014

Por meio do programa de resgate de flora da Anglo American, também já foram resgatadas cerca de 262 mil plantas na área do empreendimento, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro

O Estado de Minas Gerais e o norte do Rio de Janeiro são o berço de um dos maiores projetos de resgate de flora da região Sudeste. Mais de 262 mil plantas, de 300 espécies, já foram resgatadas e 300 mil mudas nativas produzidas devido ao programa de resgate de flora para recuperação de áreas degradadas da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American. O investimento da empresa até o momento com a iniciativa é de R$ 20 milhões e a previsão é de aplicação de aportes adicionais de 10 milhões para os próximos dois anos.

O programa é decorrente da implantação do Projeto Minas-Rio, atualmente em fase final de obras em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, com o objetivo de preservar a biodiversidade e recompor a flora da região onde a empresa irá operar. O foco da companhia é o salvamento de espécies raras, ameaçadas e endêmicas, a produção de  mudas e a reintrodução de plantas para que novas comunidades de espécies vegetais se estabeleçam em áreas destinadas à restauração da flora.

A estimativa é que até o final de 2014, quando for realizado o primeiro embarque de minério de ferro do Projeto Minas-Rio, tenham sido produzidas mais de meio milhão de mudas, de 205 espécies, nos três viveiros de produção de mudas da companhia, localizados nos municípios mineiros de Conceição do Mato Dentro, Tombos e Santo Antônio do Grama. Os  três locais possuem, respectivamente, capacidade de produção de 350 mil, 130 mil e 70 mil mudas. O viveiro localizado em Conceição do Mato Dentro terá sua capacidade expandida para 450 mil.

A região do Minas-Rio encontra-se localizada em biomas de mata atlântica, que inlcui campos rupestres ferruginosos, além de cerrado e restinga. A mata atlântica é um dos biomas mais ricos em animais e plantas e um dos mais ameaçados do planeta, além de ter sido decretado Reserva da Biosfera pela Unesco em 1991 e Patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1988. Cerca de 11 espécies em extinção ou ameaçadas de extinção, como brauna, palmito e jacarandá da Bahia, já foram e continuam sendo resgatadas por meio de iniciativa da empresa.

As principais ações do programa são o resgate, a manutenção das mudas em viveiros e a reintrodução das plantas em áreas predefinidas, além de pesquisas visando ao desenvolvimento adequado das espécies tanto nos viveiros quanto nas áreas de reintrodução. Dentre as espécies mais resgatadas, encontram-se a canela de ema, candeia, palmito juçara, jacarandá da Bahia, capororoca e pau jacaré. Já em relação às espécies com mudas mais produzidas estão a papagaio, garapa, jacarandá da Bahia e a canela de ema.

Um dos destaques do trabalho da Anglo American, inclusive nacionalmente, é a iniciativa de resgate de espécies raras e endêmicas dos campos rupestres ferruginosos, terminologia comumente dada à vegetação de canga e associada à presença de minério de ferro. Essas espécies, como, por exemplo, canelas de ema, recebem atenção especial da empresa porque elas ainda não possuem protocolos para propagação e produção como ocorre com outras espécies que são comercializadas e estudadas por centros de pesquisa.

“Em função das características dos campos rupestres ferruginosos, o trabalho de resgate é uma atividade muito restrita  e pouco pesquisada. Entretanto temos sido muito bem-sucedidos. Os experimentos consistem principalmente na realização de estudos que visam ao melhor desenvolvimento das espécies resgatadas dentro dos viveiros até a sua reintrodução em áreas degradadas. O sucesso dos experimentos, realizados em uma área de mais de 2000 m2 em Conceição do Mato Dentro, consiste principalmente no domínio e utilização de técnicas específicas para sermos eficientes nesse resgate e na manutenção das plantas nos viveiros”, destaca o gerente geral de Desenvolvimento Sustentável da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da Anglo American, José Centeno.

Para apoiar o trabalho da empresa, a Anglo American firmou convênio com a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri (UFJVM), onde estão sendo realizados estudos com campos rupestres ferruginosos.

Atualmente para a execução do programa de resgate de flora do Projeto Minas-Rio, há um time composto por uma coordenadora doutora em Ecofisiologia Vegetal, três engenheiros agrônomos, dois engenheiros florestais, quatro biólogos, dois botânicos taxonomistas, além de uma equipe de manutenção de aproximadamente 40 empregados, incluindo técnicos de segurança.

RESGATE

O início dos trabalhos de resgate se dá com a coleta de plântulas, estado da planta logo após a germinação, de espécies arbóreas; frutos e sementes; epífitas, espécies que vivem sobre outras plantas como alguns tipos de orquídea; e as rupícolas, plantas encontradas sobre rochas. Após o transporte para o viveiro, é feita a triagem e a aclimatação. A etapa seguinte consiste na manutenção das plantas enviveiradas até o processo de rustificação, que é a preparação fisiológica das mudas para o plantio.

Posteriormente, as mudas do viveiro são utilizadas no processo de recuperação de áreas degradadas e transportadas, principalmente, para áreas de reserva legal e compensação florestal na região do Projeto Minas-Rio. As mudas também podem ser levadas para locais previamente degradados na área de implantação do empreendimento ou para áreas de Preservação Permanente (APP).