- Melhoria no desempenho dos negócios, refletindo um foco maior nos processos de mineração e custos, sustenta a estratégia de turnaround
- Maiores volumes na maior parte do portfólio, com custos de caixa 2% menores em termos reais
- Cenário desfavorável de preços de commodities mais fracos (impacto de US$ 1 bilhão no lucro operacional subjacente) e os efeitos da greve no negócio Platina (impacto de US$ 385 milhões no lucro operacional subjacente)
- Lucro operacional subjacente do Grupo de US$ 2,9 bilhões no semestre, uma redução de 10%
- Objetivo de dívida líquida de longo prazo de US$ 10 a US$ 12 bilhões, suportado pelo aumento dos fluxos de caixa operacionais e processos de desinvestimento devido à readequação de portfolio
Mark Cutifani, presidente da Anglo American, disse: "A melhoria do desempenho dos negócios da Anglo American, ajudada pela desvalorização das moedas nos países produtores, compensou parcialmente a turbulência da inflação do custo de insumos, o efeito da greve em Platina e os preços mais baixos, principalmente em produtos a granel. Esse desempenho enfatiza os méritos de nossa estratégia de negócios de diversificação de commodities e geográfica”.
“Tendo em vista a nossa alocação de capital em todo o portfólio, resolvemos focar nos ativos que nos oferecem a maior fonte de valor potencial - a curto e longo prazo - e que melhor correspondam às áreas escolhidas como foco e nossas habilidades para trazer resultados. Em Platina, já delineamos planos para reposicionar o portfólio devido ao desinvestimento planejado das minas Rustenburg e Union e nossa participação na operação Pandora JV. Pretendemos dispor de uma série de outros ativos no momento apropriado e reimplantar esse capital para dar suporte à nossa busca por retornos mais elevados. Espero que nossos desinvestimentos e o melhor desempenho da empresa deem suporte a uma meta de dívida líquida de longo prazo, de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões”.
"Nosso programa Gerando Valor está entregando uma melhoria no desempenho operacional, refletindo um foco maior nos custos e processos de mineração. Por todo o portfólio, os volumes de produção subiram, com a notável exceção de Platina. Em Sishen, onde o plano de recuperação está sendo implementado, temos visto volumes de mineração e produção melhorados em 5% e esperamos um aumento do volume de estéril, no segundo semestre. No nosso negócio Cobre, o aumento de 12% na produção também demonstra os benefícios da maior eficiência da mina e ganhos de rendimento”.
"Também posso registrar que estamos no rumo certo para fazer o primeiro embarque de minério de ferro do nosso projeto Minas-Rio no Brasil no final deste ano. No final de junho, completamos 95% do projeto necessário para atingir este objetivo. Estamos comissionando todas as áreas de operação e esperamos concluir dentro do custo de capital total orçado, de US$ 8,8 bilhões".
Mark Cutifani acrescentou: "A segurança é o indicador mais claro de como estamos gerenciando o negócio e é sempre minha primeira prioridade. No primeiro trimestre de 2014, não tivemos qualquer perda de vida e esta tendência positiva no desempenho da segurança se mantém, com os principais indicadores mostrando melhorias. Nosso registro total de taxa de frequência de 0,74 é uma melhoria de 31% em relação ao ano fiscal de 2013 e o menor nível já alcançado pela Anglo American, embora seja preciso reconhecer que a greve em Platina tenha contribuído para algumas das melhorias de segurança. Fizemos progressos, mas é inaceitável que três das nossas pessoas perderam a vida nos primeiros seis meses deste ano e que outros tiveram lesões. Estamos concentrados em cinco áreas-chave características de uma gestão eficaz e sustentável de segurança: liderança, planejamento, gestão de risco, gestão de incidentes e supervisão eficaz de linha de frente”.
"Nos primeiros seis meses de 2014 a indústria de mineração tem visto uma demanda continuamente mais fraca e diminuição dos preços médios realizados na maioria das commodities que a Anglo American produz, em comparação tanto com o primeiro semestre de 2013 quanto com o ano passado como um todo, refletindo a incerteza das perspectivas de crescimento da economia global nas economias desenvolvidas e em desenvolvimento”.
"Levando em consideração as melhorias operacionais mais detalhadamente, começamos a fazer um bom progresso nas nossas duas maiores operações do negócio Cobre no Chile, em Los Bronces e Collahuasi, onde as melhorias de planejamento de mina, volumes de decapeamento e tonelagens de processo, bem como o alto teor no primeiro semestre, proporcionaram um aumento de 12% na produção de cobre. Na mina de minério de ferro Sishen, na África do Sul, um novo design de mina e as mudanças nos principais processos operacionais estão começando a aumentar a produção. A mina Kolomela, de Kumba, continua a registrar bons resultados, acima da capacidade de projetada de produção, e contribui para compensar parcialmente os desafios atuais em Sishen. A De Beers continuou sua trajetória ascendente de desempenho, aumentando a produção em 12%, impulsionada pelo forte desempenho da produção e vendas em crescente demanda. No negócio Carvão, vimos no primeiro semestre um recorde de produção de carvão metalúrgico, de 10,9 milhões de toneladas, um aumento de 21%, tendo melhorado as horas de corte longwall subterrâneo em Grasstree em 60% e em Moranbah North em 5%. Estas melhorias ajudaram a compensar parcialmente o ambiente de preços em forte baixa.
"Quando observamos o panorama econômico global, a incerteza provavelmente persistirá no balanço de 2014, embora haja alguns sinais encorajadores de que a atividade está fortalecendo nos nossos principais mercados. Nosso portfólio diversificado nos posiciona bem para a potencial urbanização e industrialização significativas necessárias para dar suporte ao crescimento da China e de outras economias emergentes, enquanto espera-se que a classe média em ascenção seja a base de uma intensidade crescente de consumo para os nossos produtos de ciclo prolongado. A longo prazo, espera-se que o novo fornecimento seja condicionado e que as bases do mercado se estanquem, e uma recuperação na performance de preços".
Revisão financeira dos resultados do Grupo para os seis meses concluídos em 30 de junho de 2014
Os ganhos subjacentes da Anglo American para o primeiro semestre de 2014 foram de US$ 1,3 bilhão, 3% maiores do que no mesmo período em 2013, com um lucro operacional subjacente de US$ 2,9 bilhões, uma diminuição de 10% em comparação aos US$ 3,3 bilhões. O crescimento econômico global fraco aliado ao aumento da oferta de commodities por via marítima levou a uma queda ainda maior nos preços de muitas commodities. O cenário de preço mais baixo e o impacto da greve na Platina mais do que compensar os ganhos cambiais e o melhor desempenho da empresa.
Em geral os preços realizados mais baixos das commodities resultaram em uma redução de US$ 1 bilhão no lucro operacional subjacente. Os preços mais baixos incluíram uma redução de 23% nos preços de exportação do carvão metalúrgico australiano, uma redução de 17% nos preços do minério de ferro alcançados em Kumba e uma diminuição de 3% nos preços realizados do cobre. Apesar de uma diminuição dos custos unitários em Cobre e na De Beers, impulsionada pelo aumento da produção, e nas operações de carvão australianas e canadenses, devido à maior eficiência operacional que levaram a uma maior produção, os custos em outros lugares foram afetados por pressões de custos e maior remoção de estéril.
A queda no lucro operacional subjacente foi parcialmente compensada pelo enfraquecimento das moedas de produtores (US$ 0,8 bilhão) e melhoria do desempenho operacional. Aumentos de produção foram obtidos nos negócios de Carvão, Minério de Ferro, Cobre, De Beers e Níquel. Outros negócios foram impactados por uma série de eventos, incluindo greves e intempéries meteorológicas.
O ROCE (Retorno do Capital Empregado) atribuível foi de 10% versus 11% no mesmo período do ano anterior. Essa foi uma consequência de um lucro operacional mais baixo nas operações de Kumba, Platina e de carvão na Austrália e no Canadá. A média de capital atribuível empregado aumentou para US$ 39 bilhões em 30 de junho de 2013 para US$ 41 bilhões em 30 de junho de 2014, devido principalmente ao aumento das despesas de capital durante o período de 12 meses.
Minério de Ferro e Manganês registraram um lucro operacional subjacente de US$ 1,229 milhão, 26% menor do que o mesmo período em 2013. Isso ocorreu devido a um decréscimo de 17% nos preços de minério de ferro de Kumba e custos mais elevados devido ao ramp up em gastos de volume e pressões de custo. Samancor também contribuiu para a queda do lucro operacional subjacente com uma redução dos preços realizados.
A produção de minério de ferro aumentou em 5% para 22,8 mt. Kolomela está trabalhando acima da capacidade planejada e o plano de recuperação em Sishen está em execução. A produção de manganês foi reduzida em 6% para 1.6 Mt, enquanto a produção de liga de manganês aumentou em 5% para 137.300 toneladas.
Carvão teve um lucro operacional subjacente de US$ 260 milhões, uma redução de 25% comparado ao primeiro semestre de 2013. Isso ocorreu principalmente devido ao impacto da redução dos preços de exportação realizados e uma diminuição nos valores de recuperação de auto-seguro em US$ 23 milhões. Isso foi compensado em parte por um forte gerenciamento de custos nas operações de Carvão na Austrália e no Canadá, resultando em um decréscimo de 4% nos custos unitários de caixa nas operações de exportação australianas e um lucro de US$ 22 milhões na venda das reservas da África do Sul.
A produção total de carvão aumentou em 3% para 48,5 mt. O recorde de exportação da produção de carvão metalúrgico de 10,9 Mt foi impulsionado por ganhos de produtividade tanto nas minas a céu aberto como nas subterrâneas. Um foco em produtos com alta margem resultou em um mix de produtos favorável em relação à obtenção de um carvão de coque de melhor qualidade. A exportação da produção de carvão térmico da África do Sul aumentou em 6% em meio a melhorias na produtividade. A produção em Cerrejón aumentou em 29%, principalmente devido ao impacto da greve no 1 º trimestre de 2013.
Cobre registrou um lucro operacional subjacente de US$ 760 milhões, 20% superior ao do primeiro semestre de 2013 devido a um aumento de 15% no volume de vendas e menores custos unitários de produção, compensados por uma queda de 3% no preço percebido do cobre. O aumento no volume de vendas foi impulsionado pela maior produção, que aumentou em 12% para 396.400 toneladas. Isso foi alavancado por um melhor desempenho em Los Bronces e Collahuasi, o resultado da melhoria contínua no rendimento e teores mais elevados assim como melhores recuperações mais altas em Los Bronces. É esperado que a produção no segundo semestre de 2014 diminua, conforme previsto, devido a teores mais baixos em Los Bronces e Collahuasi.
Níquel registrou um lucro operacional subjacente de US$ 26 milhões, um aumento de US$ 37 milhões, devido a um ganho cambial de US$ 26 milhões em Loma de Níquel, bem como a melhores custos monetários na Codemin e menores gastos com estudos em projetos. O lucro operacional básico do projeto Barro Alto continua a ser capitalizado já que o ativo ainda não está em produção comercial. A produção aumentou em 35% para 19.800 toneladas devido a melhorias na estabilidade operacional em Barro Alto.
O lucro operacional subjacente de Nióbio diminuiu em 19% para US$ 34 milhões devido aos preços mais baixos nas vendas, efeitos da inflação e custos de caixa mais elevados. O volume de vendas de 2.300 toneladas e produção de 2.200 toneladas ficaram ambos alinhados aos resultados dos primeiros seis meses de 2013.
O lucro operacional subjacente de Fosfatos diminuiu em 81% para US$ 9 milhões devido aos preços mais baixos nas vendas e à inflação, parcialmente compensado pela desvalorização do Real. A produção de fertilizantes diminuiu em 5% para 542.900 toneladas, em consequência de paradas para manutenção, restrições de processamento e problemas de abastecimento de energia devido a condições meteorológicas.
A perda operacional subjacente de Platina foi de US$ 1 milhão comparado a um lucro operacional subjacente de US$ 187 milhões no primeiro semestre de 2013, como resultado da ação industrial de cinco meses de duração tomada pelo sindicato AMCU nas operações de Union, Rustenburg e Amandelbult. Os níveis dos volumes de vendas foram mantidos como no primeiro semestre de 2013 enquanto a produção foi complementada por vendas de estoque, o que reduziu o impacto da greve prolongada sobre os resultados financeiros do negócio.
Produção equivalente de platina refinada de 715.200 onças foi reduzida em 39% devido ao impacto da ação industrial. A produção de platina refinada de 855,8 mil onças, no entanto, foi apenas 16% menor enquanto houve o diminuição do estoque.
De Beers registrou um lucro operacional subjacente de US$ 765 milhões, um aumento de 34%. O acréscimo foi devido principalmente a uma sólida demanda em todos os mercados-chave, resultando em forte crescimento de receita, juntamente com a evolução de taxas de câmbio favoráveis.
A produção aumentou em 12% para 16 milhões de quilates após um forte desempenho das operações Debswana e sul-africanas. Esse aumento refletiu as melhorias na produtividade e a capacidade do negócio para lidar com condições climáticas adversas juntamente com a recuperação dos impactos em 2013 da limpeza da ruptura do talude de Jwaneng e a manutenção planejada da planta de Orapa.
A perda operacional subjacente corporativa e de outros foi de US$ 150 milhões, uma melhoria de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido principalmente ao melhor desempenho da joint-venture Lafarge Tarmac.
Os custos corporativos considerados que agregam valor diretamente são alocados a cada unidade de negócio.
PROJETOS
MINÉRIO DE FERRO BRASIL
A construção do Projeto Minas-Rio, com capacidade de produção de 26.5 mtpa, continua, com obtenção de progresso significativo para a realização do primeiro embarque de minério de ferro no final de 2014. Durante os primeiros seis meses de 2014, marcos-chave foram atingidos e o comissionamento do empreendimento foi iniciado. Na planta de beneficiamento, a primeira alimentação de minério para o britador primário foi realizada em maio e para o moinho em julho, com a utilização do sistema de bombeamento de água que foi concluído em maio.
O mineroduto de 525 km para o Porto do Açu foi concluído. Testes de bombeamento de água começaram no início de junho da estação de bombas 2 para o porto, e da estação de bombas 1 para a estação de bombas 2 no final do mês, após a conclusão de todos os testes geométricos e de pressão na linha tronco.
No terminal de minério de ferro do porto, a construção continua conforme programada e um bom progresso foi obtido na construção do quebra-mar, com o fundeamento de 26 dos 33 caixões que precisam estar fundeados para o primeiro embarque de minério de ferro do empreendimento.
A empresa continua a progredir para obtenção das licenças de operação restantes. A licença de operação do porto foi obtida em maio e as licenças para a mina/planta de beneficiamento e o mineroduto são esperadas para o terceiro trimestre de 2014. Uma licença temporária foi emitida para a linha de transmissão de energia de 230 kV, que será convertida em uma licença definitiva assim que as licenças restantes forem obtidas.
As despesas de capital com a implantação do projeto continuam alinhadas com a estimativa informada em janeiro de 2013 de US$ 8,8 bilhões. Desse montante já foram gastos US$ 6,6 bilhões, com previsão de gasto de US$ 1,2 bilhão ao longo do segundo semestre de 2014. Isso deixará cerca de US$ 1 bilhão de capital restante para 2015 para a conclusão completa do quebra-mar e aquisição de equipamentos da área da mina para o ramp up.
NEGÓCIOS
METAIS BÁSICOS E MINERAIS – NÍQUEL
Avaliação financeira e operacional
Níquel registrou um lucro operacional subjacente de US$ 26 milhões, um aumento de US$ 37 milhões, devido a um ganho cambial de US$ 26 milhões devido ao dólar favorável em Loma de Níquel, bem como melhores custos monetários na Codemin motivados por menores preços de energia elétrica e menores gastos com estudos em projetos. O lucro operacional básico do projeto Barro Alto continua a ser capitalizado já que o ativo ainda não está em produção comercial. A produção aumentou em 35%, para 19.800 toneladas, devido a melhorias na estabilidade operacional em Barro Alto.
Mercados
Os preços do níquel melhoraram após a implementação da proibição de exportação de minério de níquel da Indonésia no primeiro trimestre e um aumento da demanda. Os preços aumentaram porque o mercado ficou mais convencido de que a proibição de exportação seria mantida. A proibição levou a aumentos significativos no custo do minério de níquel na China, elevando o custo da produção do chamado nickel pig iron (NPI). O preço do níquel na London Metal Exchange melhorou no primeiro semestre, com uma média de 664c/Ib no primeiro trimestre e 838c/Ib no segundo trimestre, com os preços chegando a 962c/Ib em maio.
Performance operacional
A produção de níquel aumentou 35%, para 19.800 toneladas. Barro Alto produziu 15.500 toneladas, um aumento de 52%, refletindo melhorias na estabilidade operacional, com menos paradas do que no primeiro semestre de 2013.
Projetos
A reconstrução dos fornos em Barro Alto recebeu aprovação do conselho em abril. A reconstrução total do primeiro forno está prevista para começar no final de 2014 e a segunda em meados de 2015. A expectativa é que Barro Alto alcance a capacidade nominal de produção durante 2016.
Outlook
Embora ainda haja estoques consideráveis de níquel na London Metal Exchange, a expectativa é que os estoques se reduzam com a proibição de exportação de minério de níquel da Indonésia tendo um impacto negativo tanto na produção do NPI na China e no fornecimento geral de níquel.
Como já havia sido relatado anteriormente, o ramp-up de Barro Alto foi afetado significativamente por falhas de projeto nos calcinadores e nos fornos, e apenas a reforma dos fornos, incluindo a reconstrução de ambas as linhas, corrigirá as falhas subjacentes do projeto.
Tendo abordado muitos desses questões agora, e com monitoramento cuidadoso, enquanto se aguarda a reconstrução dos fornos, Barro Alto atingiu um nível de estabilidade que permitiu uma taxa de alimentação média para as duas linhas de 85% da capacidade de projeto ao longo do primeiro semestre.
A expectativa de produção de níquel em 2014 foi aumentada para 32.000-35.000 toneladas (anteriormente era de 30.000-35.000 toneladas).
METAIS BÁSICOS E MINERAIS – NIÓBIO
Avaliação financeira e operacional
Nióbio registrou um lucro operacional subjacente de US$ 34 milhões, uma redução de 19%, devido a preços de venda mais baixos, inflação e custos de caixa superiores (impulsionado por aumentos acima da inflação nos custos de mão de obra, serviços terceirizados e de mineração).
Mercado
As exportações de ferronióbio do Brasil aumentaram 8,5%, mas diminuíram nos últimos meses, quando foram vendidos volumes menores para a China. Embora as exportações para a Europa e os EUA tenham ficado acima das expectativas, compensando amplamente as menores exportações para a China, a mudança nos volumes está pressionando os preços para baixo.
Desempenho operacional
A produção de 2.200 toneladas ficou em linha com o primeiro semestre de 2013.
Projetos
O projeto Boa Vista Fresh Rock (BVFR) continuou a progredir e está 93% concluído, com a formação de pilhas, obras civis e estrutura de aço completos e o comissionamento da mina iniciado. O projeto inclui a construção de uma nova planta, que permitirá a continuidade do site de Catalão através do processamento da rocha fresca da jazida. O projeto está previsto para começar a produção no 4º trimestre de 2014. Após a conclusão do projeto, a capacidade de produção aumentará para cerca de 6.800 toneladas de nióbio por ano quando atingir estabilidade.
Outlook
O mercado global já se recuperou aos mesmos níveis de 2012. Enquanto as incertezas permanecem sobre as políticas macro-econômicas chinesas e excesso de capacidade de aço bruto, os fundamentos de médio prazo para o nióbio continuam fortes, com o crescimento sendo impulsionado pelas economias desenvolvidas e Índia.
METAIS BÁSICOS E MINERAIS – FOSFATOS
O lucro operacional subjacente de Fosfatos diminuiu 81%, principalmente devido aos preços mais baixos de vendas, parcialmente compensado pela desvalorização do Real.
Mercado
Os preços do fosfato mono-amônio (MAP) começaram o ano em um nível relativamente baixo de cerca de US$ 420/t, atingiram um pico de cerca de US$ 520/t em fevereiro / março, motivado pela safrinha (a ‘mini-safra’ do Brasil), a demanda mais forte dos Estados Unidos e problemas de fornecimento de Marrocos. Depois disso, os preços do MAP tiveram tendência de queda em abril e maio, atingindo uma média de US$ 469/t no período sazonalmente mais fraco de entressafra, que também foi caracterizado por incertezas sobre a Índia. Os preços para o período foram menores do que no primeiro semestre de 2013, principalmente por preços substancialmente mais baixos, impulsionados pela redução significativa no consumo indiano no segundo semestre do ano passado, que prosseguiu em 2014.
Performance Operacional
A produção de 542.900 toneladas de fertilizantes teve queda de 5%, principalmente como resultado de uma redução de processamento, paradas para manutenção e falta de energia.
Outlook
O mercado parece estável, especialmente no terceiro trimestre, com a provável forte demanda que deve vir da Índia (desde que o país tenha uma época normal de monções, bem como do Brasil. A demanda de fertilizantes no Brasil deverá aumentar em 2014, refletindo uma demanda adicional impulsionada por fortes preços das commodities agrícolas durante 2013 e primeiro semestre de 2014, gerando margens sólidas para os agricultores e aumentando, assim, o uso de fertilizantes. No acumulado do ano, espera-se um aumento na demanda de fertilizantes fosfatados de cerca de 3%, para 11,9 milhões de toneladas (2013: 11,5 milhões de toneladas).
Versão completa
A versão completa do anúncio de resultados pode ser conferida, em inglês, em: www.angloamerican.com