Unidade de Negócio Níquel da empresa emprega mais de 70 pessoas com deficiência
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi instituído por movimentos sociais em 1982, e oficializado em julho de 2005, com a Lei Nº 11.133. Nos anos seguintes os direitos desse público foram ficando cada vez mais sólidos. Um exemplo disso é a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, adotada em 2006 e oficializada em maio de 2008. Segundo dados da própria Organização das Nações Unidas (ONU), 10% da população mundial (650 milhões de habitantes) vivem com algum tipo de deficiência. Trata-se da maior minoria do mundo, e cerca de 80% dessas pessoas estão situadas em países em desenvolvimento como o Brasil.
Um dos profissionais que fazem parte dessas estatísticas é Otaviano Lino Luiz, operador de máquinas da Anglo American em Barro Alto, interior de Goiás. Ele possui deficiência física em uma das pernas, mas em nenhum momento serviu de obstáculo para alcançar seus sonhos profissionais. “Trabalho na Anglo American desde 2011. Comecei como mensageiro (office boy) e hoje opero máquinas na mina de Barro Alto. Nunca escondi de ninguém minha deficiência, não me preocupo com isso. Tenho um bom relacionamento com meus colegas de trabalho e meu objetivo é sempre melhorar”, conta ele.
Otaviano é um dos 74 profissionais das operações de Níquel da Anglo American que possuem algum tipo de deficiência. Mais de 5% dos empregados da unidade se encaixam nesse grupo. Só na operação de Barro Alto, onde Otaviano trabalha, são 45 empregados.
As iniciativas da Anglo American de incentivo ao recrutamento de pessoas com deficiência em Goiás ganharam força em 2012. O acompanhamento desse público começa muito antes da contratação efetiva, como conta a gerente de Recursos Humanos do Negócio Níquel, Yoliana Anzola. “Realizamos um mapeamento das pessoas com deficiência na região, com campanhas de comunicação e visitas presenciais de um profissional de Recursos Humanos, que vai a campo para conversar com esse público. Depois, fazemos uma análise das posições que podem ser ocupadas, avaliando cada possível candidato”, explica a gerente.
Após a contratação do portador de deficiência, a equipe de Recursos Humanos trabalha na sensibilização dos gestores e times que receberão o novo profissional, com reuniões e apresentações. São realizados também acompanhamentos presenciais e uma avaliação formal de desempenho ano a ano. O retorno tem sido bastante positivo, segundo Yoliana. “Nossos empregados demonstram muita satisfação e gratidão pela oportunidade. É extremamente gratificante”.
Aliado a esse sentimento de gratidão estão atitudes positivas e otimistas, como as de Otaviano. Para o operador de máquinas, o importante é sempre acreditar em seu potencial. “Eu nunca tive medo dos desafios que a vida poderia me proporcionar, e isso aconteceu aqui na Anglo American também. Se você duvidar da sua própria capacidade você deixa de existir”.