Programa de áreas protegidas conta com doadores institucionais e um único doador corporativo, a Anglo American.
O Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), considerado a maior estratégia de conservação e uso sustentável de florestas tropicais do planeta, completa 15 anos de atuação em 2017. A iniciativa, que conta com o apoio da Anglo American, protege, hoje, 60 milhões de hectares na Amazônia, o que representa a conservação de 15% do território do bioma brasileiro ou duas vezes a área da Inglaterra. Ao reduzir pela metade o desmatamento na floresta amazônica, principal causa da emissão de gases de efeito estufa no Brasil, o Arpa contribui diretamente com as metas de conservação estabelecidas pelo país em compromissos internacionais.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), o Brasil se propõe a proteger 30% da Amazônia até 2020 (o equivalente a 126 milhões de hectares). O programa também resguarda a biodiversidade local. Do total de unidades protegidas, 39 abrigam mais de 8,8 mil espécies ou 88% das espécies de pássaros, 68% de mamíferos e 55% de répteis em toda a Amazônia.
Em comemoração ao seu 15º aniversário, o Arpa faz, hoje (01/12), no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, uma homenagem, aos oito doadores do programa, entre eles a Anglo American, que em 2017 completou 100 anos de existência no mundo e atualmente é o único doador corporativo da iniciativa. Os outros sete se dividem entre organismos internacionais e bancos de fomento. Nesse cenário, o papel da Anglo American é não só atuar como doadora do programa – a empresa já destinou US$ 5 milhões ao Arpa – como estar à frente da captação de novos doadores.
“Ao comemorar o nosso centenário, nos orgulhamos de manter uma visão global sobre a importância da mineração responsável no planeta. Apesar de não atuar na região do bioma amazônico, estamos engajados nas causas globais e locais de preservação do meio ambiente. E o Arpa é uma das mais importantes delas”, observa o presidente da Anglo American no Brasil, Ruben Fernandes.
Localização: - As áreas que estão sob o guarda-chuva da iniciativa representam mais de 35% das Unidades de Conservação (UCs) da Amazônia. Hoje, o programa está presente em 117 (UCs nas categorias de Parque Nacional (Parna), Parque Estadual, Estação Ecológica (Esec), Reserva Biológica (Rebio), Reserva Extrativista (Resex) e Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
PROTEÇÃO
De acordo com o Ministério do Meio-Ambiente, dados do Sistema de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (PRODES) indicam que as áreas protegidas apoiadas pelo Programa têm possibilitado taxas de desmatamento cerca de 2,3 vezes mais baixas do que em UCs do mesmo tipo que não fazem parte do ARPA.
Um estudo realizado por solicitação do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – Funbio pelo professor Britaldo Silveira Soares Filho da UFMG evidenciou a eficácia das Áreas Protegidas (APs) da Amazônia na redução de 30,3% do desmatamento total no bioma entre 2005 e 2015, o que evitou a emissão de cerca de 1,4 a 1,7 gigatons de CO2.