Descoberta do animal foi feita pela Universidade Federal de Viçosa
Uma pesquisa científica, fruto de uma parceria entre a Anglo American, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a empresa de consultoria Sete Soluções e Tecnologia Ambiental, identificou uma nova espécie de anfíbio na Serra do Espinhaço, região que se estende entre Minas Gerais e Bahia.
O trabalho foi executado em complementação ao Programa de Monitoramento da Herpetofauna (ramo da zoologia dedicado ao estudo dos répteis) da Anglo American, que atende o Projeto de Expansão da Mina do Sapo. A descoberta traz informações fundamentais para o avanço do conhecimento sobre a fauna da região da Serra do Espinhaço, segunda maior cadeia de montanhas da América do Sul, atrás apenas da Cordilheira dos Andes, e uma das mais ricas em espécie de anfíbios no mundo.
A espécie de anfíbio foi batizada de Aplastodiscus heterophonicus, e o apanhado cientifico foi publicado recentemente na renomada revista alemã Salamandra, edição de 15 de fevereiro de 2021. Os primeiros registros da “perereca” se deram no início da década de 2000, por meio de gravações de áudio. Apenas em 2010 foi coletado o primeiro indivíduo correspondente àquele som. Com o aumento do número de biólogos trabalhando em estudos ambientais na região, mais indivíduos começaram a ser encontrados. Assim, em janeiro de 2019, foi iniciado o Projeto de Monitoramento de Aplastodiscus, com foco especial na descrição da nova perereca.
A pesquisa permitiu também identificar que a presença do animal agora é reconhecida em mais de 20 localidades, e não está restrita apenas à região próxima ao Minas-Rio.