Encontro de portadores e não portadores de HIV/Aids marcam o início de um ciclo de conscientização da sociedade civil sobre seus direitos e deveres
Na última semana, Silvia Almeida, assistente de
Responsabilidade Social, representou a Anglo American em uma
seqüência de eventos que debateram assuntos relacionados
à Aids. O Encontro Estadual de Direitos Humanos e Aids (05 a
07/04), o I Seminário de Aids e Mercado de Trabalho (07 a
09/04), o Encontro da RNP - Rede de Pessoas Vivendo com HIV (13 a
15/04) e o II Encontro das Cidadãs Posithivas (15 a 17/04),
todos realizados no Hotel Gran Roca em Atibaia – SP,
discutiram alguns assuntos que poderão marcar o
início de mudanças nos direitos e deveres de pessoas
portadoras de HIV/Aids.
No I Seminário de Aids e Mercado de Trabalho, Silvia fez
uma apresentação sobre a Anglo American, sua
Política de AIDS e as responsabilidades do cargo
recentemente ocupado por ela. A Política de Aids foi criada
pelo Grupo Anglo American a cerca de nove anos e foi reformulada em
dezembro de 2008.
Além do apoio da Anglo American para
produção de banner e camiseta, os encontros contaram
com a participação de grupos de várias
comunidades, ONG’s, Ministério do Trabalho, Febraban e
patrocínio do Governo do Estado.
Durante os quatro encontros, foram discutidas propostas
relacionadas a aposentadoria por invalidez, afastamento por
incapacidade, benefícios do INSS,
legislação sobre contratação de
portadores de HIV e a deficiência emocional, já que
grande parte dos portadores tem dificuldades para retornar ao
mercado de trabalho. Para Silvia, “É triste ser
uma exceção dentro da Aids, porque sei que as outras
empresas não tratam seus empregados de forma adequada. Eu
queria ser uma regra”.
João Lino Vendito, um dos organizadores da semana de
eventos, acredita que a Anglo American é um exemplo para
demais empresas. “O trabalho da Anglo American poderia ser
multiplicado para todos os tipos de patologia. O ambiente de
trabalho é muito importante para cabeça do paciente,
pois cerca de 90% do tratamento está na cabeça do
portador e, se as empresas ignoram isso, fica complicado.
Antigamente nos escondíamos para morrer, hoje nos mostramos
para viver.” Lino aconselha que as empresas apliquem o teste
rápido, com resultado em 15 minutos e explica que atualmente
o teste é usado em grávidas e cirurgias
rápidas em que o diagnóstico é exigência
para certos casos.