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Anglo American tem meta de redução de 15% no consumo de água

19 março, 2014

Para atingir o objetivo, a empresa prioriza o uso de ferramentas para preservação dos recursos hídricos

A água é um insumo vital para as operações de qualquer mineradora e a Anglo American considera essencial a segurança do seu abastecimento em todas as localidades nas quais atua. A companhia tem estipulado metas globais para a redução de 10 a 15% do consumo de água potável, especialmente utilizados  em projetos localizados em regiões com risco de escassez de água ou conflito, e buscando reduções de 5% para os demais projetos que serão concluídos até 2020.

Para atingir esse objetivo, a Anglo American faz a gestão do consumo acirrada, estipulando uma série de ações de controle, como a ferramenta WETT (Water Efficiency Target Tool). Trata-se de um modelo de mensuração entre o equilíbrio do consumo atual de água da empresa e o planejado para o futuro que servem como referências para estabelecer as metas de eficiência da água e medir o progresso realizado.

Na política relacionada à água da companhia, aprovada em 2010, o principal objetivo é demonstrar liderança dentro das bacias hidrográficas, dando suporte aos projetos futuros e trazendo benefícios para o meio ambiente e as comunidades do entorno das operações. A implementação da estratégia vem sendo realizada por meio de iniciativas em três áreas de foco: melhorias na excelência operacional, investimentos em tecnologia e trabalho com parceiros qualificados nessa área.

A companhia mantém equipes próprias dedicadas aos estudos relacionados à água e na busca de maneiras de melhor utilizá-la, de forma a contribuir para a sua preservação. No Brasil, a Anglo American mantém duas unidades de negócio: Níquel, Nióbio & Fosfatos e Minério de Ferro Brasil. Cada uma tem trabalhos bem específicos relacionados aos recursos hídricos.

UNIDADE DE NEGÓCIO MINÉRIO DE FERRO BRASIL 

Para atender às metas globais de redução de consumo de água da Anglo American, a Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil da empresa, responsável pela implantação do Projeto Minas-Rio, está em fase de planejamento e execução de algumas ações-chave como o uso de polímeros biodegradáveis pois eles reduzem o consumo de água para aspersão de estradas e supressão de poeira; asfaltamento de algumas vias dentro da área do empreendimento; otimização da operação dos sistemas de uso da água; e redução de perdas na planta de beneficiamento.

O Minas-Rio é o maior empreendimento da empresa no mundo, atualmente em fase de implantação nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Para garantir o bom gerenciamento de recursos hídricos nesse projeto, a empresa tem atuado em cinco frentes: desenvolvimento de estudos técnicos, monitoramento dos recursos hídricos, estudo do balanço hídrico - o resultado da quantidade de entrada e saída de água em um determinado intervalo de tempo - do projeto, desenvolvimento de sistema de gerenciamento de recursos hídricos e participação ativa em órgãos e fóruns de gestão como Comitês de Bacia.

“Essas ações estão todas interligadas e são de grande importância. Com os estudos técnicos, por exemplo, podemos conhecer a disponibilidade hídrica da bacia hidrográfica em que se situa o projeto em termos de qualidade e quantidade das águas superficiais e subterrâneas. Já com o estudo do balanço hídrico, podemos desenvolver ações que visam à redução dos volumes consumidos e a minimização e mitigação de impactos do empreendimento em outros usos”, ressalta o gerente de Recursos Hídricos e Engenharia Ambiental da Unidade de Negócio Minério de Ferro Brasil, Leonardo Mitre.

O Projeto Minas-Rio conta com um dos mais modernos sistemas de monitoramento e gerenciamento de recursos hídricos do Brasil. Por meio do monitoramento de chuvas, vazões, qualidade da água, níveis de águas subterrâneas e outros parâmetros meteorológicos, as informações são constantemente avaliadas e inseridas dentro do sistema de gestão. Nesse sistema, disponibilizado em nível desktop ou web, é feita avaliação instantânea da situação dos cursos de água e dos usos da água, com suporte ao dimensionamento de estruturas hidráulicas como bueiros, sistemas de drenagem, captações, pequenos diques ou bacias. Outro destaque do sistema é a realização de cálculos de referência para dar apoio ao planejamento e suporte à tomada de decisão. 

O Minas-Rio terá sua principal fonte de água para seu processo de produção realizada por meio de uma captação no rio do Peixe, localizada no município mineiro de Dom Joaquim. Ela será usada, principalmente, para o beneficiamento do minério de ferro e para formação de polpa. A empresa obteve outorga junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) para captar 2.500 m3/hora de água para ser utilizada nesses processos. Para a concessão da outorga, o Igam avaliou a disponibilidade hídrica de toda a bacia da região considerando projeções de crescimento populacional e verificou que a captação em questão não afetará o consumo para nenhum outro usuário da bacia, principalmente para o abastecimento público.

UNIDADE DE NEGÓCIO NÍQUEL, NIÓBIO & FOSFATOS

No Negócio Níquel, a questão da água é um dos pontos mais importantes do trabalho de desenvolvimento sustentável. Na operação mais antiga, Codemin, em Niquelândia (GO), vários projetos de preservação dos recursos hídricos foram desenvolvidos ao longo de seus 30 anos de existência. Isso possibilitou um aprendizado para que a planta de Barro Alto (também em GO) fosse construída seguindo os conceitos já desenvolvidos.

Ambas as plantas possuem um circuito fechado de água para o resfriamento do minério no processo de produção. Dessa forma, não existe o risco da geração de efluente para o entorno.

Na Codemin, o índice de reutilização da água fica na média de 81%. Em Barro Alto, o reservatório, com 1,8 milhão de m3 de capacidade, que conta com um sistema especial de impermeabilização e captação de águas das chuvas, atingiu um índice de 83% em 2013. Cerca de 20% da necessidade de água são captados dessa maneira. Mais de 800 mil m3 de águas pluviais são capturados todos os anos, diminuindo, inclusive, a energia que seria dispensada com o bombeamento de água de outras fontes.

As captações de água em fontes naturais ocorrem somente para normalizar o nível dos reservatórios quando o índice de chuvas se mostra insuficiente. Essa estrutura é essencial para garantir o uso racional dos 300 mil m3 de água, todos os meses, da maneira adequada.

A companhia também monitora a vazão e a qualidade de pequenos cursos d’água e córregos próximos – como o Rio dos Patos, em Barro Alto –, e tem garantido a captação de água abaixo do limite das outorgas.

Ainda com o intuito de monitorar as áreas a serem preservadas, em 2012 foi realizado um levantamento das nascentes nas áreas internas e próximas ao empreendimento da Anglo American em Barro Alto, seguido de uma avaliação das condições das Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal. Como parte da gestão de biodiversidade, periodicamente é realizado um monitoramento das espécies de peixes nesses corpo d´água.

O mesmo cuidado é mantido em relação às águas subterrâneas. As operações (plantas) contam com um sistema próprio de tratamento de água para o consumo e o abastecimento das instalações.

Os Negócios Nióbio e Fosfatos mantêm operações em Goiás (Catalão e Ouvidor) e São Paulo (Cubatão), para a produção de nióbio e fertilizantes fosfatados. Em todas as operações, a questão da água é essencial.

Todas as fontes de captação de água são devidamente outorgadas pelos órgãos competentes e a unidade realiza monitoramento periódico da qualidade de águas superficiais e subterrâneas em suas operações. A companhia realiza impermeabilização das lagoas de efluente líquido e conta com estação de tratamento de efluente propiciando a operação em circuito fechado, ou seja, efluente zero.

As barragens de rejeito construídas pela unidade possibilitam maior aproveitamento da água e a recirculação reaproveita aproximadamente 90% da água necessária para o processo produtivo, preservando o uso de água fresca.

As iniciativas de reaproveitamento de água vão além da otimização do processo produtivo e  se estendem à rotina dos empregados. Nas operações de Nióbio foi implantado, no último ano, um sistema de tratamento de efluentes sanitários através de zona de raízes. A tecnologia permite a reutilização da água dos efluentes sanitários para limpeza de áreas, umectação de vias e irrigação de jardins. Da mesma forma, no Projeto Rocha Fresca - que visa ao aumento da produção de Nióbio - um sistema de lavagem de botas decanta a água utilizada e armazena para um novo uso. Nas unidades de Fosfatos toda a água condensada nos equipamentos de ar-condicionado das subestações de energia elétrica é aproveitada para a limpeza dos trocadores de calor, reduzindo o consumo de água nova.

A fábrica de fertilizantes fosfatados em Cubatão mantém uma estação para o tratamento de efluentes líquidos (ETEL), permitindo a reutilização da água ou o descarte apropriado para que não seja alterada a qualidade do meio hídrico receptor. Além disso, também são utilizados métodos alternativos de captação na planta de produção de fosfatados e ácidos, na qual 10% da demanda de água são fornecidos por meio da captação de chuva. O tanque tem capacidade de 2.000 m3 de armazenamento. A planta também é pioneira na impermeabilização da área de deposição de fosfogesso, subproduto originado da produção do ácido fosfórico.

Em 2013, os negócios de Nióbio e Fosfatos implantaram Comitês de Água em suas operações a fim de buscar oportunidades de melhoria no gerenciamento dos recursos hídricos. Os grupos são multidisciplinares e incluem representantes das áreas de manutenção, geologia, mina, meio ambiente e produção. O comitê tem realizado estudos hidrogeológicos que permitem o entendimento da companhia sobre os recursos hídricos das áreas onde atua. Para  este ano está prevista a automatização dos sistemas de captação de água, o que aumenta o controle e detalhamento dos balanços hídricos.