• Entrega dos principais compromissos para 2014 - desempenho operacional, conclusão de projetos e metas de reestruturação de portfólio
• Forte desempenho operacional em todos os negócios
• EBIT subjacente do Grupo de US$ 4,9 bilhões, uma queda de 25% devido a preços das commodities nitidamente mais baixos (impacto de US$ 2,4 bilhões no EBIT subjacente), parcialmente compensado por desvalorização da moeda nos países produtores (impacto positivo de US$ 1,3 bilhão no EBIT subjacente) e produção e volume de vendas aumentadas
• Os itens especiais depois de impostos e participação não controlada incluem baixas contábeis orientadas por preços de commodities de US $ 3,9 bilhões, incluindo US$ 3,5 bilhões no Minas-Rio
• A dívida líquida de US$ 12,9 bilhões em 31 de Dezembro 2014 (2013: US$ 10,7 bilhões), com US$ 15,1 bilhões de liquidez; US$ 1,7 bilhões de títulos com vencimento em 2015 e US$ 1,6 bilhões com vencimento em 2016

Mark Cutifani, CEO Global da Anglo American,disse: "2014 foi um ano de melhorias operacionais significativas frente a quedas acentuadas dos preços das commodities em meio às condições adversas do mercado em geral. Entregamos nossos principais compromissos operacionais e de portfólio aos acionistas, inclusive entregando o Minas-Rio, definindo o futuro do nosso Negócio de Platina e redefinindo o desempenho de nossas operações.

“Nosso portfólio diversificado de produtos nos proporcionou um grau de isolamento em relação à queda particularmente acentuada dos preços de minério de ferro e carvão, embora em um ambiente no qual os preços mais fracos das commodities foram responsáveis por uma redução de US$ 2,4 bilhões do EBIT subjacente. O turnaround operacional de algumas de nossas operações prioritárias e o enfraquecimento contínuo das moedas de muitos países produtores também ajudaram a mitigar os efeitos do ambiente adverso de preços. Após os ajustes em função da greve de Platina, os custos equivalentes unitários do Cobre, em moeda local, diminuíram 3% (realizado) em 2014 e entregamos uma redução sustentável de US$ 500 milhões em despesas gerais, custos de estudos e avaliação de projeto comparado ao patamar de 2012. Nossos resultados financeiros refletem o progresso substancial que fizemos para restaurar o desempenho de nossas operações de mineração, embora mais progressos ainda sejam necessários para atender às nossas metas de retorno ao longo do ciclo.

“Demonstramos em 2014 que estamos nos adaptando e entregando, e estamos no caminho certo para transformar o desempenho da Anglo American. As nossas operações de mineração são o motor do nosso negócio e nós entregamos volumes maiores e mais consistentes, com foco claro no aumento da estabilidade, produtividade, margens e retornos. Há um potencial de melhoria significativamente maior, enquanto continuamos a construir a capacidade de alcançar uma mudança radical no desempenho e no retorno de nosso legado excepcional de recursos”.

Mark Cutifani acrescentou: "Nosso desempenho em segurança e meio ambiente é o principal indicador de como estamos operando o negócio. Estamos vendo uma melhoria muito significativa em todas as nossas métricas chave de performance de segurança e ambiental, levando em conta a greve de Platina de cinco meses, refletindo nosso foco em atividades, padrões e controles de alto risco. Apesar da evolução positiva, lamento informar que ainda assim perdemos seis colegas durante o ano, por isso, temos muito mais trabalho a fazer e nosso foco é implacável para alcançar a nossa meta de zero lesão.

“Está claro que 2014 foi um ano de forte entrega em toda a empresa. Mais importante ainda, realizamos nosso primeiro embarque do projeto Minas-Rio no Brasil em outubro, antes do que estava previsto e esperamos que o projeto fique US$ 400 milhões dólares abaixo do budget revisto. No entanto, a queda acentuada no preço do minério de ferro resultou em uma baixa de US$ 3,5 bilhões no valor contábil do Minas-Rio após imposto. Em nosso Negócio Platina, fizemos progressos substanciais na criação de um negócio apto para o futuro. Definimos o formato do nosso futuro portfólio de Platina, reestruturamos os ativos que pretendemos desinvestir, estabelecemos os processos de desinvestimento e alinhamos nossos planos com o governo e com os nossos empregados.

"A plataforma de excelência operacional é fundamental para entregar o plano potencial da Anglo American. Nossos 16 ativos prioritários contribuem com a maior parte do valor e oferecem o escopo para o maior upside. A maioria desses ativos está agora com uma performance acima do planejado (em comparação a apenas três em 2013) e os restantes estão melhorando, alinhados às nossas expectativas. Temos focado nossa atenção urgente no desempenho de nossas minas maiores e mais valiosas, algumas das quais ficaram severamente restringidas nos últimos anos devido à falta de desenvolvimento de mina, com os resultados positivos observados em nosso desempenho operacional de 2014.

"Nosso Modelo Operacional revisto está entregando fortes resultados subjacentes e estamos progredindo sobre esses fundamentos para completar a próxima fase do processo de transformação. Em Sishen, o redesenho da mina superou com sucesso o desafio do excesso de estérilque precisa ser extraído para acessar a jazida. Sishen atingiu sua meta de nível de produção para 2014, de 35 milhões de toneladas (Mt) de minério de ferro e agora está no caminho certo para recuperar seu nível de produção para 38 Mt em 2016, acima da nossa meta original de 37 Mt. Da mesma forma, em nossa mina de cobre Los Bronces, no Chile, o atrasado na removação de estéril e outras restrições da mina de anos anteriores foram eliminados e mina e planta foram estabilizados, permitindo um recorde de material a ser extraído no ano e de minério ininterrupto para alimentar a planta.

"O desempenho do nosso negócio de Diamantes, De Beers, é uma clara demonstração dos benefícios e valor do nosso modelo de negócios diversificado. A integração da De Beers com a Anglo American está completa; a De Beers contribuiu com US$ 1,4 bilhão em EBIT subjacente em 2014, 28% do total do Grupo – sendo o segundo maior contribuinte -, e entregou um retorno de 15% sobre o capital empregado (ROCE).

"Alinhado ao nosso foco em retorno, temos que ser disciplinados com nossa utilização de recursos físicos e financeiros para os ativos que proporcionarão o maior valor para o capital empregado e potencial upside. Estamos comprometidos a manter uma estrutura de capital robusta que equilibre o crescimento do valor de negócios de longo prazo com retornos de capital sustentáveis para os acionistas. Em 2014, a dívida líquida aumentou para US$ 12,9 bilhões e esperamos ter um pico de nível entre US$ 13,5 – US$ 14 bilhões em 2015 após o recebimento das receitas de vendas da Lafarge Tarmac. Nosso foco no ROCE direciona os comportamentos corretos dentro da empresa e vamos continuar a alocar capital para as nossas opções de maior valor, adotando uma estratégia de verificação para grandes empreendimentos greenfield alinhada ao gerenciamento das exposições de risco individuais e com a realização de nossa meta de dívida líquida de longo prazo entre US$ 10 bilhões e US$ 12 bilhões, assistida por nosso programa de desinvestimentos de ativos.

"Apesar das manchetes de incerteza econômica e as tensões geopolíticas, os fundamentos subjacentes do nosso negócio – aplicando as habilidades técnicas de classe mundial em ativos ao redor do mundo - continuam atraentes no longo prazo. No curto prazo, acredito que as condições comerciais desafiadoras prevaleçam durante 2015, mas estamos determinados a continuar a evoluir com base em nossas significativas melhorias operacionais, seguir em direção a uma organização e cultura eficazes e eficientes, e para ser inabalável em nossa disciplina de capital."

MINÉRIO DE FERRO BRASIL

Resumo financeiro e operacional

O primeiro embarque de minério de ferro do Sistema Minas-Rio foi realizado em 25 de outubro de 2014, antes do previsto e com investimento abaixo do esperado em US$ 400 milhões do total de US$ 8,8 bilhões. Apesar da complexidade do projeto e desafios logísticos, o Minas-Rio obteve um desempenho excepcional em segurança, com baixa Taxa de Ocorrência de Incidentes com Afastamento se comparado com outros empreendimentos de escala similar. A entrega do projeto é um marco significativo. O cronograma do ramp-up continua e espera-se atingir sua capacidade de produção projetada durante o segundo trimestre de 2016. O Minas-Rio é um ativo de classe mundial de longa vida (aproximadamente 45 anos); alta qualidade de minério de ferro vendável (aproximadamente 67% Fe); e um custo de caixa favorável, sendo esperado para estar na metade inferior da curva de custo em dinheiro.

Espera-se que o EBIT subjacente seja capitalizado até o final de 2015, quando o projeto Minas-Rio deverá ter alcançado a capacidade de produção comercial. Em 2014, a perda de EBIT subjacente capitalizado na Minério de Ferro Brasil foi de US$ 57 milhões, enquanto um montante de US$ 34 milhões foi cobrado do relatório de resultados com relação a despesas que não estavam diretamente associadas ao projeto. O volume de vendas de 200 mil toneladas diz respeito a três navios Panamax que transportaram minério de ferro do Minas-Rio para clientes na China. O volume de produção de minério para o ano atingiu 700 mil toneladas (base úmida).

Outlook operacional

Em 2015 espera-se que a produção de minério de ferro da Minério de Ferro Brasil fique entre 11 e 14 milhões de toneladas (base úmida). A capacidade declarada é esperada para ser atingida no segundo trimestre de 2016, com uma produção entre 24 e 26.5 milhões de toneladas (base úmida) em 2016. Além do ramp-up seguro das operações, as atividades também incluem a conclusão das obras de construção pendentes e o ciclo regular de renovações de licenças e autorizações necessárias para as operações de mineração.

METAIS BÁSICOS E MINERAIS
NÍQUEL

Resumo financeiro e operacional

O EBIT subjacente de Níquel foi de US$ 21 milhões, uma melhora de US$ 65 milhões em relação ao ano anterior (2013: perda de US$ 44 milhões), devido a um ganho non-cash balance sheet favorável de US$ 24 milhões, como resultado de um enfraquecimento do bolívar venezuelano (relativo aos credores restantes da Minera Loma de Níquel), preços mais altos, taxas de câmbio favoráveis e melhores custos de caixa na operação Codemin, em Niquelândia (GO). O EBIT subjacente do projeto Barro Alto continua a ser capitalizado, uma vez que o ativo ainda não está em produção comercial. Antes da capitalização, o EBIT subjacente de Barro Alto foi de US$ 152 milhões, uma melhora de US$ 208 milhões em relação ao ano anterior (2013: perda de US$ 56 milhões), devido a preços mais altos, custos financeiros melhorados, ganhos em venda de energia excedente e taxas de câmbio favoráveis.

O preço médio do níquel na LME aumentou 13% no ano, para 765 c/lb (2013: 680 c/lb). Os níveis da demanda melhoraram enquanto a oferta foi limitada devido a uma redução na produção níquel pig iron (NPI) na China, seguindo a proibição de exportação de minério de níquel da Indonésia, e reduções na produção de alguns outros produtores. Como um todo, o consumo de níquel aumentou 6%, enquanto a oferta diminuiu 2%. O considerável superávit de mercado de 184.000 toneladas em 2013 foi reduzido para 43.000 toneladas ao final de 2014.

Performance operacional

A produção de níquel aumentou 8%, com as melhorias de desempenho nos fornos de Barro Alto e recuperação dos problemas operacionais de 2013, mais do que compensando o impacto da reforma na Linha 2, que começou em outubro de 2014. Na Codemin, a produção foi 4% menor, refletindo a extração de minério de teores mais baixos já planejada.

Outlook operacional

A produção deve ter uma queda, ficando em 20.000 e 25.000 toneladas em 2015, como consequência da reforma dos dois fornos de Barro Alto, com posterior aumento em 2016, ficando entre 40.000 e 45.000 toneladas.

NIÓBIO

Resumo financeiro e operacional

O EBIT subjacente do Negócio Nióbio diminuiu 18%, para US$ 67 milhões (2013: US$ 82 milhões). Isto foi resultado de custos de caixa mais elevados, impulsionados pela inflação e aumento nos custos de mão-de-obra, extração de minério e serviços contratados, parcialmente compensados pela redução das despesas em estudos de projeto.

Mercados

Os preços médios globais do nióbio diminuíram ligeiramente, devido ao enfraquecimento do euro em relação ao dólar e aumento da capacidade de produção em um ambiente de demanda global em grande parte estável.

Performance operacional

A produção de 4.700 toneladas foi 4% maior, principalmente em função da extração de minério com maior teor e do start-up do projeto Boa Vista Rocha Fresca (BVFR).

Outlook operacional

É esperado um aumento para 6.800 toneladas na produção nas operações existentes, assim que o BVFR concluir o seu ramp-up.

Projetos em ramp-up

O projeto BVFR começou a produzir em novembro e deverá atingir a capacidade nominal total em 2017. Quando o ramp-up estiver completamente concluído, espera-se um aumento na produção das operações existentes para 6.800 toneladas de nióbio por ano (2014: 4.700 toneladas).

FOSFATOS

Resumo financeiro e operacional

O EBIT subjacente de US$ 57 milhões foi US$ 11 milhões mais baixo, principalmente devido aos preços de venda mais baixos e inflação, parcialmente compensados por taxas de câmbio favoráveis.

Mercados

A precificação média anual em 2014 foi praticamente inalterada em relação a 2013. No Brasil, a demanda por fertilizantes fosfatados totalizou cerca de 13,4 Mt, um aumento de 3% em relação ao ano anterior, principalmente como resultado do aumento da produção de culturas de soja e milho.

Performance operacional

A produção de 1,113 milhões de toneladas de fertilizantes foi 7% inferior ao ano anterior, principalmente como resultado de uma redução na taxa de produtividade para otimizar a qualidade do produto, atividades de manutenção e falta de energia.

Outlook operacional

A produção de fertilizantes nos próximos três anos deverá ser muito semelhante a 2014, com variações ano a ano relacionadas à otimização do mix de produtos (refletindo a demanda do mercado) e às atividades significativas.

A versão completa do anúncio de resultados pode ser conferida, em inglês, em:

http://angloamerican.com/media/press-releases/2015/13-02-2015