CARREIRAS NA MINERAÇÃO – Engenharia de Produção e de Segurança do Trabalho

Mineira de Campestre, no Sul do estado, Maria Carolina Belluzzo estava se formando em engenharia de Produção quando trocou Ouro Preto, onde estudava, por Niquelândia, ao aceitar um estágio na Anglo American, em novembro de 2006.

“Eu era a única mulher que trabalhava no processo produtivo naquela época. Até a infraestrutura precisou ser readequada para abrigar uma mulher na Produção, porque as outras que trabalhavam na planta, atuavam em funções administrativas. Estagiei por seis meses e fui contratada como engenheira do Sistema de Gestão Integrada. Fui engenheira júnior, pleno, sênior e cheguei à coordenação do SGI, em seis anos na área. Nesse momento, eu já havia me formado também como engenheira de Segurança e fui convidada para ser coordenadora de Segurança do Trabalho em Codemin.”

Foram cinco anos nessa outra função, até que Carolina Belluzzo se mudou novamente, agora para Barro Alto, mas mantendo o cargo de coordenação na Segurança do Trabalho, entre 2018 e 2022. Na sequência veio nova promoção, desde então passou a ser gerente de Segurança, Riscos e Emergência de Barro Alto e Codemin.

“Tenho consciência das dificuldades que enfrentei para mostrar as minhas competências. Vejo que as mulheres que iniciam nesse trabalho agora, já encontram um caminho desbravado, mas, mesmo assim, faço questão de empoderar quem está começando. Para atuar na Segurança do Trabalho é preciso, antes de tudo, ter coragem, ainda mais em uma empresa que tem a Segurança como seu principal valor. Sei que inspiro outras pessoas, sei da minha responsabilidade, entendo como uma das minhas missões aqui ajudar as mulheres a fazerem a diferença. Converso muito com elas, dou meu apoio, falo dos desafios e encorajo contando minha história e trajetória na Anglo American.”

As frentes de trabalho, abraçadas por Carolina, evidenciam a preocupação com a segurança. Uma delas é a participação no Grupo de Trabalho de Fadiga, uma iniciativa da nossa empresa, com formação multidisciplinar, para tratar a questão do estado de esgotamento, tanto físico quanto mental.

“Uma pessoa com fadiga pode ter atenção, concentração e capacidade de realizar tarefas reduzidas, se colocando e pondo outras pessoas em risco. Entendemos também que há questões que vão além de trabalho quando o assunto é fadiga. No GT, que tem uma atuação técnica, analisamos os problemas relacionados ao tema, deliberamos e atuamos na implementação de ações para eliminar a fadiga, em diversas frentes.”

E entre os projetos desenvolvidos, que são motivos de orgulho, está o Pacto pela Vida, que visa a eliminação de acidentes de trânsito, dentro e fora da empresa.

“Realizamos essa campanha, internamente com profissionais próprios(as) e terceiros(as) e externamente com a comunidade, desde 2017. Temos a meta audaciosa de eliminar mesmo os acidentes relacionados ao trânsito, em toda a região onde a gente opera. Queremos influenciar a comunidade a dirigir com cautela, da mesma forma que trabalhamos a conscientização dentro da empresa. Eu tenho muito orgulho desse projeto porque até para escolas a gente vai, para ensinar educação no trânsito às crianças, que são agentes de transformação das famílias.”