CARREIRAS NA MINERAÇÃO: ENGENHEIRA DE OPERAÇÃO DE MINA
No Carreiras na Mineração dessa semana, conheça a Engenheira de Minas Luana Carvalho. Formada em 2018 pela Universidade Federal de Ouro Preto, Luana conta que os desafios na área começaram ainda na faculdade.
“Quando iniciei os estudos, eu ficava pensando em como seria ser uma mulher na engenharia. Eu já sabia que não era algo comum para a área e na engenharia de minas menos ainda. Cheguei a pesquisar nas listas anteriores dos aprovados no vestibular. Entre mais de 30 alunos, não tinha nem cinco nomes de meninas. A minha turma foi a primeira turma da UFOP que foi 50/50, entre homens e mulheres, essa, inclusive, foi uma virada de chave na faculdade.”, disse.
Ela continuou na trilha do pioneirismo feminino na empresa. A engenheira aponta que tem esperança que estamos caminhando bem para mudar esse cenário no futuro.
“Eu sempre fui muito valorizada pela minha equipe. Eu nunca mudei meu jeito de agir ou falar aqui na Anglo American. E como retorno eu me sinto muito respeitada. Acredito que consegui conquistar um lugar de referência e fico muito feliz em ver que gerentes, coordenadores, membros da minha equipe e até colegas de outras áreas sabem o que eu domino, quais são os meus projetos. Eu nunca sofri nenhuma discriminação do tipo 'ah, não vamos ouvir porque ela é mulher'. Pelo contrário, eu sempre fui muto bem ouvida”, completou.
“Depois que vim pra Anglo American, comecei a me envolver nos grupos de afinidade tanto no Womine quanto no LGBTQIA+. Isso ocorreu justamente por acreditar que o ambiente de trabalho acolhedor é um fator que pesa até mesmo na hora da escolha da profissão. Acredito que, ao promover um ambiente de trabalho mais inclusivo, as pessoas irão escolher a própria profissão realmente de acordo com o que elas gostam, e não temendo se serão bem aceitas ou não ali.”
Quando perguntamos sobre a escolha da profissão, Luana revela que sempre pensa na inovação dentro da Engenharia de Minas.
“É uma área de base, diferente de outras áreas que têm várias flutuações de mercado de trabalho. Eu acho que a mineração é, hoje, algo essencial. Desde que não haja uma mudança drástica, as perspectivas são sempre positivas. Inclusive, eu sempre incentivo às pessoas a buscarem conhecer mais a mineração e modificar imagens negativas que possam ter”, aponta.
“Eu diria que os desafios são muitos, mas incentivo qualquer pessoa que se interesse pela mineração a seguir por essa área. A solução de problemas e a inovação necessária para atingirmos o melhor resultado são incríveis. Posso dizer que, com isso, a minha rotina não é monótona. Pelo contrário, ela é cada dia um desafio diferente”.
Por fim, a engenheira aconselha os futuros colegas “Seja você mesmo e dê o seu melhor em todas as atividades e todas as situações que estiver. Não espere o momento certo ou o projeto certo para dar o seu melhor, ofereça ele sempre. Acredito quer estamos trabalhando para alcançar um mercado de trabalho mais receptivo e acolhedor a todos, pois, quando gastamos energia tentando ser algo que não somos, desperdiçamos a energia que poderíamos estar dedicando para fazer do mundo um lugar melhor e o trabalho mais produtivo”, finaliza.