Projeto Conviver Gente & Onças amplia área de atuação com apoio da Anglo American Copebrás ultrapassa 1 milhão de toneladas de fertilizantes vendidas em um ano (Níquel)
23 novembro, 2007
O projeto, iniciado há dois anos para abordar os conflitos entre gente e onças na Amazônia, já está presente no Pantanal e Mata Atlântica
O Projeto Conviver Gente & Onças, conduzido pelo biólogo Silvio Marchini, também coordenador do programa Escola da Amazônia cresceu e teve uma grande repercussão nos últimos dois anos graças ao patrocínio da Anglo American. Planejado para abordar os conflitos entre gente e onças na Amazônia – com foco na região do entorno do Parque Estadual Cristalino, em Alta Floresta, no Norte do Mato Grosso, o programa agora foi ampliado para o pantanal e região da Mata Atlântica.
“A Anglo American tem sido simplesmente vital para o
projeto. Ainda que o mesmo receba apoio de outras
instituições, o patrocínio da empresa é
o mais flexível, permitindo que o projeto se adapte
prontamente às novas necessidades”, afirma
Silvio.
Segundo o biólogo essa expansão e
integração com outros projetos só foi
possível graças ao apoio da companhia, que
também tem permitido a divulgação dos
resultados em congressos internacionais. Este ano, o projeto foi
apresentado na Conferência sobre Biologia e
Conservação de Felinos, em Oxford (EUA), no mês
de setembro e no maior evento da conservação mundial
- o Encontro da Sociedade da Biologia da Conservação
(SCB), África do Sul, em julho.
Todo o Projeto Conviver Gente & Onças foi desenvolvido a partir do estudo da relação entre gente e onças na região do entorno do Parque Estadual Cristalino. Com base nos resultados, o projeto desenvolve, em cooperação com o Projeto Escola da Amazônia, campanhas de educação e comunicação para melhorar a relação entre gente e onças na Amazônia.
A falta de conhecimento sobre onças e certas
crenças a respeito desses animais contribuem para que estes
sejam perseguidos e abatidos por proprietários rurais na
Amazônia. “Uma crença importante na fronteira
agrícola da Amazônia é a de que as onças
representam uma ameaça à segurança das
pessoas, além da percepção do prejuízo
econômico atribuído pelos produtores rurais quando
associado à predação do gado
doméstico”, afirma o biólogo. Apesar das
medidas para resolver o problema, a relevância do
conhecimento e das crenças na relação entre
gente e onças na Amazônia, indica que
intervenções de educação e
comunicação podem cumprir um papel importante na
conservação desses animais.
Assim, um importante passo do projeto Conviver Gente &
Onças foi o desenvolvimento de campanhas de
educação e comunicação, que foram
implementadas em cooperação com a Escola da
Amazônia. As ações incluem oficinas para jovens
da zona rural e palestras e peças de teatro em escolas
rurais de Alta Floresta e Novo Mundo, além do uso de
adesivos, pôsteres, camisetas, chaveiros e revistinhas
baseados na personagem mascote de comunicação
"Sassá, a Onça".
“A campanha de informação e
conscientização foi intensificada no segundo semestre
de 2007, e entre os novos destaques estão a série de
esquetes no rádio e o livreto ‘Guia de
Convivência Gente & Onças’ - que traz
informações sobre o impacto que as onças
causam sobre a pecuária e aquele que o ser humano causa
sobre as populações de onças”, completa
Silvio Marchini.
Escola da Amazônia
O programa Escola da Amazônia apresenta dois componentes fundamentais. O primeiro é a Educação para a Conservação no Entorno do Parque Estadual Cristalino, em Alta Floresta, no Norte do Mato Grosso. O Parque Cristalino abriga uma das maiores diversidades biológicas entre todos os parques da Amazônia, mas é também um dos mais ameaçados. Ele tem papel estratégico na contenção da expansão do desmatamento em direção ao norte. Campanhas de informação e sensibilização sobre a importância da conservação - e do Parque Cristalino, em particular - são baseadas principalmente em duas espécies-bandeira: o Macaco-Aranha-da-Cara-Branca e a Onça-Pintada. “As campanhas envolvem a participação de alunos de escolas rurais localizadas no entorno do Parque em oficinas de imersão nas quais são discutidas alternativas mais sustentáveis para a pecuária, tais como o extrativismo, a piscicultura, a apicultura e o turismo”, explica Silvio.
O segundo componente é o Programa Escolas Irmãs, que promove colaborações entre pares de escolas - uma visitante e uma local - com benefícios acadêmicos para os dois lados. Também envolve benefícios econômicos para a escola local, pois a colaboração envolve o subsídio das atividades locais e a doação de livros da escola visitante (escola particular de centros urbanos fora da Amazônia) para a escola local (escola pública rural no município de Alta Floresta ou Novo Mundo). O Programa Escolas Irmãs possui dois objetivos. Um deles é despertar o interesse pela Amazônia entre jovens dos grandes centros urbanos: uma das causas dos problemas da Amazônia é que mais de 80% dos brasileiros vivem longe demais da Amazônia e não possuem consciência de sua importância. O outro objetivo é a sustentabilidade financeira: comparada com outras abordagens em conservação, a educação demora para causar impactos tangíveis.
Mais informações sobre esses componentes ficarão disponíveis até o final de 2007. “Ainda este ano vamos lançar um novo site da Escola da Amazônia (www.escoladaamazonia.org), que vai apresentar todos os projetos em andamento. Entre eles, projetos novos como o de doação de livros para escolas rurais, o Projeto Correspondência (que promove a troca de cartas entre jovens das capitais e jovens da Amazônia rural) e as oficinas de economias alternativas. Em breve, o novo site também apresentará novidades da Sassá, a Onça”, revela o biólogo.
Desenvolvimento Sustentável: parte do negócio Anglo American
A Anglo American foi classificada em 2007, pela segunda vez, entre as três empresas européias com melhor desempenho em responsabilidade social pelo "Good Company Rankings", organizados pela revista alemã de negócios 'Manager'. O ranking certifica empresas cujas políticas de capital humano e desenvolvimento sustentável contabilizaram resultados positivos em governança e produtividade.
O Good Company Ranking é organizado duas vezes por ano pela Manager Magazin, Deloitte, e pela consultoria empresarial Kirchhoff. Desenvolvido entre as 120 maiores empresas européias, o ranking é um trabalho independente, baseado nos resultados de trabalhos feitos com meio ambiente, capital humano, compromisso social e rentabilidade.
O Brasil também merece aplausos
A Anglo American Brasil, como em todas as empresas do grupo, desenvolveu um Plano de Envolvimento com a Comunidade (PEC) junto às unidades onde opera. O PEC resume as principais ações para três anos (2006/2008) para a atuação de forma conjunta com as partes interessadas. O objetivo é maximizar os aspectos e impactos positivos das atividades da Anglo American nas comunidades, além de otimizar as oportunidades locais identificadas no processo de consultas. As ações contidas no plano, e ainda outras que foram definidas ao logo do processo de envolvimento, têm um acompanhamento regular.
Como elemento auxiliar de sua política de Investimento Social, a empresa também desenvolveu um Manual de Apresentação de Projetos, cuja meta é auxiliar as instituições de caráter público e privado na elaboração de projetos e parcerias que visem ao desenvolvimento das comunidades onde atua.
Os fóruns comunitários, realizados duas vezes ao ano, constituem-se, mais do que encontros, em diálogos permanentes. "Buscar a melhor parceria com as partes envolvidas é nosso foco principal" afirma Liomar da Silva Rocha Vidal, responsável pelas ações com as comunidades de Niquelândia e Barro Alto. "Nosso compromisso é pensar e trocar opiniões sobre projetos, programas e formas de integração/participação da empresa naquilo que for de interesse coletivo", destaca.