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Qual o valor do patrimônio cultural?

Por mais que milhões de reais sejam investidos, não somos capazes de trazer o real valor, o significado que cada patrimônio tem, principalmente para as comunidades que vivem e que fazem parte da história de cada um.

É neste sentido que trazermos um pouco dos nossos investimentos para apoiar a restauração, conservação e valorização da cultura e história das comunidades onde estamos presentes.

Confira um pouco mais sobre alguns destes investimentos.

Alvorada de Minas (MG)

Alvorada de Minas (MG)

Restauração da Igreja Matriz de São José

A Igreja de São José de Itapanhoacanga, em Alvorada de Minas, foi construída como capela filial da Matriz da Vila do Príncipe (atual Serro), em 1785. A Igreja ostenta belas pinturas decorativas de Manuel Antônio. São 12 painéis que representam cenas da vida de São José e da infância de Jesus.

Tombada pelo Iphan em 1972, a última restauração no local ocorreu há mais de 20 anos, entre os anos 1999 e 2000.

Nós, em parceria com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), viabilizamos o início das obras de restauração da Igreja Matriz de São José, começando pela restauração do forro com os 12 painéis citados.

A igreja passará ainda por obra civis e serviços de restauração artística.

Todo o processo de restauração será gerido pelo Instituto Cultural Flávio Gutierrez, com acompanhamento do Iphan e da Prefeitura de Alvorada de Minas.

Conceição do Mato Dentro (MG)

Reforma da Matriz de Nossa Senhora da Conceição

A igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição em Conceição do Mato Dentro foi erguida nos primeiros anos do século XVIII, por iniciativa do sertanista Gabriel Ponce de Leon.

O templo é um tesouro artístico e pictórico do barroco brasileiro, repleto de artes sacras com mais de 200 anos.

Com investimentos de R$ R$ 8.913.764,84, promovemos a restauração da igreja, que ficou interditada por 13 anos. Foram oito anos de trabalho, em parceria com a comunidade e o poder público, que resultaram na restauração completa da igreja, devolvendo ao povo na forma original, uma das mais importantes obras da América Latina. No processo de restauração do templo, foram descobertas pinturas originais que estavam debaixo das camadas de tinta, das quais foram reveladas imagens de indígenas Botocudos, painéis da sacristia e cenas da assunção de Nossa Senhora.

A Igreja, um dos monumentos mais valiosos da cidade, desempenha um papel simbólico e concreto no cotidiano da população, como local de devoção e fé.

Restauração do núcleo histórico de Córregos

Restauração do núcleo histórico de Córregos

Berço de Conceição do Mato Dentro, foi núcleo ativo de mineração no ciclo do ouro e do diamante no século XVII e XVIII, representando um importante marco da Estrada Real.

Por meio de um acordo com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA MG), Investimos R$ 3.635.536,65 na restauração do núcleo histórico de Córregos, um dos conjuntos patrimoniais mais importantes e antigos do Caminho dos Diamantes, na Estrada Real, com referências da virada do século XVIII. Isso inclui a revitalização das fachadas, restauração arquitetônica e imunização de elementos artísticos da Igreja Matriz de Nossa Senhora Aparecida e reparo arquitetônico e de bens móveis e integrados da Capela de Senhor dos Passos.

Foram restauradas a Capela de Nosso Senhor dos Passos, a Casa Paroquial, o chafariz e o conjunto de 37 fachadas.

Serro (MG)

Modo de fazer o queijo artesanal da microrregião do Serro”

Através de um termo de compromisso firmado entre o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA MG) e nós foram realizados estudos sobre o patrimônio imaterial Queijo do Serro:

  • Diagnóstico sobre o modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro;
  • Salvaguarda Audiovisual do Modo de fazer Artesanal do Queijo do Serro: Documentário “O Q do Queijo”;
  • Caderno do Patrimônio Imaterial: Modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro;
  • Dossiê do modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro.
Serro (MG)

O Modo de fazer o queijo artesanal da região do Serro foi o primeiro bem registrado como Patrimônio Cultural Imaterial do estado de Minas Gerais, em agosto de 2002, e em 2008, foi tombado como Patrimônio Imaterial do Brasil.

O modo de fazer o queijo chegou à região pelas trilhas do ouro, na bagagem dos colonizadores portugueses, e se constituiu, com o passar dos anos, em um importante elemento econômico, cultural e simbólico.

Os queijos, como o produzido na região do Serro, constituem importantes elementos da cultura e da identidade mineira. Seu modo de fazer artesanal e os instrumentos nele utilizados, as relações sociais e comerciais estabelecidas e todos os elementos a ele associados fazem parte da vivência e do cotidiano não só da população da região como ultrapassam as fronteiras estaduais.

Barro Alto (GO)

Barro Alto (GO)

Produção do livreto "Guia do Patrimônio Cultural" e do documentário "Patrimônio Cultural de Barro Alto".

Financiamos uma equipe de pesquisadores para realizar um intenso levantamento dos bens destacados no guia.

O material destaca Bens Culturais, abrangendo o patrimônio edificado e arqueológico, bem como os modos de saber e fazer populares herdados de seus antepassados, constituindo assim parte da memória familiar e comunitária dos barroaltenses.



Dessa forma, oferecemos elementos do Patrimônio Cultural de Barro Alto para que sua comunidade se aproprie dele enquanto instrumento de releituras dos espaços de vivências, reconhecendo suas raízes, a fruição de seus bens culturais e a sua (re) valorização, promovendo assim o despertar dos sentimentos de pertencimento e, consequentemente, o fortalecimento de práticas de exercício da cidadania.

Esses materiais foram direcionados às escolas de Barro Alto como instrumentos pedagógicos para a realização de ações de educação patrimonial que possibilitassem à comunidade conhecer elementos da sua trajetória histórica e cultural.

Em novembro de 2021, em comemoração ao aniversário de Barro Alto, foi realizada a Exposição: Processo de Ocupação e os sítios arqueológicos na Região de Barro Alto. A exposição foi acompanhada de breves palestras explicativas para que o público compreendesse a importância dos materiais arqueológicos como fonte histórica, na construção da história do Brasil, em especial o estado de Goiás.